MADRUGADA AMANTE
Dizendo no seu fecho em bela fala
A madrugada uiva o verbo amar
Inflamando o rubor que o instinto cala
Por querer-se adornada em só luar
E a gente entende como sendo gala
De um tempo leve no infinito ar
Que em hora dessas basta o contemplá-la
Mítica musa em pele do adorar
A fúria do prazer é evidente
Emerge do espetáculo que excede
À gloria sublimada em nossa mente
É coisa tão silente em que sucede
Paixão que forte vem e indiferente
Mas é, 'incontinenti', como pede
Miguel Eduardo-
3 comentários:
"...A madrugada uiva o verbo amar..." na plenitude dos versos teus.
Pouco há q se comentar (gastaria palavras e palavras), quando o autor é MIGUEL EDUARDO.
Beijos.
Marilândia
*Refazendo:
Um espaço mágico, onde a originalidade, o lirismo, o sentimento, o sentido pleno, a fímbria da sensação, o imo da emoção, mesclam-se, de forma exímia, dentro da métrica de um soneto.
Poucos conseguem tal façanha.
É dom. Puríssimo dom!
Admiração
K*
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