sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
XXVIII - INTIMIDADE
INTIMIDADE
Na quente majestade do cortejo
Envolto na ventura em que desfila
O reluzir de um mimo benfazejo
Nesse beijo reflete-se, destila
Misturada ao titânico desejo
Corporal, a luxúria da pupila
E nada há mais além desse requinte
No mar de inquietas ondas do lazer
Prazer outro não há, por conseguinte
Que se possa inventar para fazer
Que a noite de paixão é o seguinte
Resume o frenesi do entorpecer
Não é um faz de conta e nem o acinte
Que negue à tentação o acontecer
Miguel Eduardo Gonçalves
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