terça-feira, 2 de setembro de 2014

CXXIV - UMA PALAVRA APENAS

UMA PALAVRA APENAS

Espero uma palavra apenas, qual ardente
A sorte seja, e a vida, em cálida poesia
Onde minh’alma se dissolva de contente
Um abraçar maior certeza vingaria

Dedico outro pedido a ti, e tão somente
O tempo poderá dizer em sintonia 
Co’as estrelas do céu, se és tu leniente 
Como se fora uma paixão em alforria

Assim, invejo do indizível o que um amante
Omite, quando a noite se revela e passa
Durante as horas, e o relógio não caminha

E essa palavra, que esperada tão picante                   
Por não ser dita, pinta o norte e não escassa
Porque é o tema e com teus belos olhos rima 

(Miguel Eduardo Gonçalves)