domingo, 29 de julho de 2012

LXXXIV - NADA DIGO QUE NÃO SEJA



Na breve imaginação
Nela influindo esse jeito

Que me toma em adoção

Qual poema em que me deito


Num sonho quase desfeito
Faço esplender a emoção

Onde me ampara perfeito
Um destino em construção


Revejo o tempo vivido
Projeto em dias faustosos

Onde eu não seja contido

E com versos poderosos
Desencanto é interrompido

Por desejos caprichosos

(Miguel Eduardo Gonçalves)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

LXXXIII - REALIDADE

Em seu momento o tempo necessário
No inevitável de um passado morto
Porquanto tido num disperso armário
Em temerário aquém anseio absorto

A vida na verdade é aquele horário
Que vaga entre o querido e o desconforto
De ser o que deveras me é vário
Qual sede de querer-se a flor num horto

Nesse lugar de éter se define
Paira capaz desejo sem demora
É fato destemido que retine

E o Incêndio perdura noite afora
Provando que a paixão é um magazine
Oferta de gracejos nesse agora

(MEG) 

LXXXII - SOLUÇÃO...

O preço a pagar não cessa
No jamais dos pensamentos
Onde haja uma promessa
Prazerosa aos sentimentos

Sensações disparam pressa
Se delas os bons momentos
Onde a ânsia de confessa
Vá pelos corpos sedentos

No deleite da ilusão
Farsante sonho não ser
Forjado momento vão

Sintonia c’o prazer
Faz da vida a solução   
Do melhor acontecer

(MEG) Santos, 25-7-12

domingo, 22 de julho de 2012

LXXXI - SIDERAL


SIDERAL

Espero por um verso e nada vem
Perdidas num pensar que é racional
Palavras nos sentidos que lhes dão...

E o corpo está distante e a mente aquém
Arrancados de si no essencial
Que é de cada um sua ilusão...

Agora o frágil sangue de uma flor
Ouvindo a solidão que é tão real
Regressa em leve tom sensorial
Listando um sentimento em cada cor...

E faz-se a inspiração artesanal
Vontade de um momento inquietador
Fomenta este soneto de esplendor
Tentando a poesia sideral!     

Miguel Eduardo Gonçalves

sábado, 21 de julho de 2012

LXXX - UNIVERSO



Imagem: sistermoon.art


UNIVERSO

Perdido pelo tempo inexorável
No estorvo do porquê de uma recusa
Um fato bebe à luz em mim saudável
Inibindo a tristeza que me cruza!

Que sobre o mundo segue irrefreável
Qual sorte que se vai, achou-se intrusa
Ideia arquitetada no improvável
Mas sou o simbolismo que a conduza...

Encantamento feito a preencher
Etapa essencial que primavera
Nas fases das amostras do teu ser!

Que a vida só espera acontecer
A quem a viva como a uma quimera
No brilho apaixonado do prazer...

Miguel Eduardo Gonçalves

LXXIX - ALQUIMIA





imagem: sistermoon.art


Cintilando sonhos os sentidos
Conflitos guardados pelas pálpebras

Na hora exilada da memória
Desnudando um gênio oportunista...

O corpo ficara abandonado:
Devesse ele ser fantasioso
Distinto da mente entorpecida!

E assim divagando em coloridos
Sou eu me sentindo pelas quebras
Que esbarro nas asas dessa história
Calma solidão mais folclorista!

Alucinação que faz o estado:
Ao zumbir do tempo temeroso
A fatalidade de uma vida!

(
Miguel Eduardo Gonçalves)

sábado, 7 de julho de 2012

LXXVIII - SOLAR


Em sonho multipartido
Aparência que me alerta
Por amor intrometido
Essa verdade encoberta

É desejo que desperta
Está em qualquer sentido
Pois pensa uma descoberta
Na beleza que presido

Nossos corpos, universos
 Como estrelas em passeio
Movimentam-se dispersos

Focado zelo em que anseio
Pela força destes versos
Nosso ego em devaneio

(MEG)