quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

XXVII - PAIXÃO




















PAIXÃO

Quando o sol estiver a pino regulado
E for um abraçar maior que pegue o mundo
O tempo será claro, azul, arregalado
Vestido só de céu, como um olhar profundo
Já nós seremos vento em fogo ornamental
Quando o desejo em júri seja percebido
Todo o meu será teu, esse calor vital
Exultante paixão, arbítrio todo ungido
Sem artifício algum, prazer em alto grau
Que escancarado sexo o tempo inteiro doma
E domando, o augurado gozo é a fatal
Ânsia de repartir certíssimo sintoma

Maior vício não há, atende por Paixão
Vingada em mim por não havê-la tido em vão

2 comentários:

Karinna* disse...

*Esse já me valeu um dos meus textos preferidos(uma réplica que fiz) inspirada nessa perfeição.
Considero esse um dos mais tórridos, um dos mais fascinantes!
Belíssimo!
Beijos de sóis
Ka*

Marilândia Marques Rollo disse...

Ler-te é sorver o néctar dos néctares, degustando inefável e sôfrego sabor de cada palavra.

Beijos.
Marilândia