sábado, 18 de maio de 2013

XCIV - LUAL



LUAL

Através da palavra unicamente
Sente a vida, que afaga como beija
E o poema gerando essa beleza
É entreaberta janela ao que não mente!

O silêncio analisa a natureza
Da ilusão segredada que a desvende
E inspirado é em fazer-se confidente
Dispersando-se em letras como seja:

Dourado indisfarçável de um momento
Profundo em luz do céu mais imortal
Envolvendo a ternura do acalento...

Quando sinto esse enredo sem igual
Qual teatro que espreita o seu elenco
Lá no fundo me sinto num lual!

Miguel Eduardo Gonçalves




domingo, 5 de maio de 2013

XCIII - INSCRIÇÃO







INSCRIÇÃO


Atrás de um jeito especial
Dizê-lo faz com que a palavra
Adquira a forma instintual...
E nela a vida se celebra!

Não há noção do espacial
É só a mente que desbrava
O ar devido e pontual...
A cor do dia vem de quebra!

Luxúria esguia como chama
Que a súbita paixão domina
E o corpo todo cede a aclama...

Que força mágica qual sina
Transforma o ser num seu programa
Fazendo nada que a previna!

(Miguel Eduardo Gonçalves)