quinta-feira, 23 de julho de 2015

CXXVII - QUE SEJA ARDENTE...



Vejo que somos dois numa palavra apenas
Selada sorte tem viver de mais valia
Co’este desejo teu, sutil, com que me acenas
Irresistível ser que freme e a mim se alia

Nessa alquimia vem se revelar de leve 
Com a mesma rapidez de um teu picante olhar
E nessa fúria atroz para meu tempo breve 
As minhas horas voam como a fagulhar

É abraçar maior que vai amotinado
Qual pecado se impor para fruir desejo 
E em pé de guerra vou, como um bandido armado 
À intimidade ser um mar só de chamejo

É esse o desafio de ser o que germino
De à eternidade estar sorrindo esse destino