domingo, 13 de outubro de 2013

XCVI - NADA É COMO FOI...



Nada é como foi...

Ser vivo, o tempo se transforma... Vês?
Soberbo, como o excesso é alienador
É opinião, nada mais, posta em nudez
Quiçá mostrando à vida algum valor!

Passando a limpo escreve este pudor
Abstraído em profundo eu, talvez
Qual maneirismo intenso e aterrador

Que me enamora calmo e descortês

Divide-se em caráter travesti
Passado de um estado de aguardente
Envolto agora nesse frenesi...

Preciosa flor, intimidade ausente
Tu foste embora enquanto ainda é aqui
Que nada é como foi, de corpo ou mente!

(Miguel Eduardo Gonçalves)