sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
XIX - DILAÇÃO
DILAÇÃO
Raro pleito estrelou-me a companhia
Esse que o pensamento mal oculta
Porquanto ali viveu o que me ardia
E ainda é só loucura que me insulta
Ritual arrancado à terapia
Em cada gesto aclara mais, exulta
E se aprofunda em nós, como extasia
A pose em ti formada que resulta
E tudo vai ao vento como pólen
Enquanto mil instantes se decifram
Em nossas evidências como podem
Assim disse a paixão, como bem cifram
Esquecendo a razão, corpos que explodem
E em picos chamejantes se borrifam
Miguel Eduardo-
Nota: primeira variação de OLHAR CERRADO (VIII)
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Um comentário:
"...E tudo vai ao vento como pólen
...................................
Esquecendo a razão, corpos que explodem
E em picos chamejantes se borrifam"
ESPLÊNDIDO VERSEJAR - FLAMEJANTE "DILATAÇÃO"!!!
Beijos.
Marilândia
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