sábado, 19 de março de 2011

XLIII - MATIZES DO SILÊNCIO

















MATIZES DO SILÊNCIO

Vestido de encarnado atenta o espaço
No tom profundo e casto de um bom vinho
Carinho em luz de um céu real e escasso
Pintura marchetada azul-marinho

Requinte de um ar leve traça o traço
Mistério do equinócio de um cadinho
Fusão aonde faz-se em modo lasso
Ensejo de um tufão um remoinho

Dilata-se o infinito em candeeiro
Contraste da existência c'o divino
Querendo confundir um sol brejeiro

E as nuvens como sombras que defino
São pautas da emoção de que me abeiro
Segredo impenetrável do destino

Miguel

2 comentários:

Karinna* disse...

*Matizes do Silêncio-, traz toda a gama de cores silenciosas que pintam a alma, essa que busca, sente na derme, canta as partituras, bebe sôfrega os goles da VIDA...
Soneto que me faz colocar um vestido de baile e valsar...
BjM-
K*

V.Cruz disse...

Na pele...
Feito escamas nacaradas...
Colorido difuso...
Cor de silencio...
Faz sentido...
Quando o traço...
Faz-se rasgo...
E convida...
Vem...
Não há sombras para além...
Transpirei...

Belissimo como sempre!
Bjsss