domingo, 6 de março de 2011
XXXVIII - DECOTE DO PENSAMENTO
DECOTE DO PENSAMENTO
Parando para ouvir-te, vício que se alteia
E deixa pelo ar a voz em abandono
Toda a ternura própria onde o humor verdeia
Quer o mistério em mim calar qual céu de outono
Como seria o amor de que a razão é cheia
Tocando a mim brilhante, como nem sei como
A se alastrar em grácil vibração na veia
E em íntimo querer fluísse no abandono
Que força o estágio em que a vagueza faz o tom
Quisesse a sensação em débil versejar
De afeiçoada a ele esqueceria o dom
Que é trazer luxo aos beijos todos sem parar
Como na vida só acontece com a paixão
Quando tempera o verbo ser com o verbo amar
Miguel Eduardo-
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Um comentário:
E O QUE DIZER DE "DECOTE DO PENSAMENTO", QUE TRADUZ EM BELÍSSIMO POEMAR , RARAS PÉROLAS POÉTICAS???
Beijos.
Marilândia
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