sábado, 26 de julho de 2014

CXVIII - SOMENTE UM GESTO




Deusa das paixões, a rosa
Da amorosa primavera
Já ao longe se faz cheirosa
E de tudo se apodera

Como é maravilhosa
De um arroubo, essa atmosfera
Tão gentil, tão acintosa
Que jamais se degenera

Quando sente ser chegada
Harmoniza a despedida
Fantasiando a jornada

E, como enfeitando a vida
Quando essa equivale ao nada
Faz-se piedade infinita

(Miguel Eduardo Gonçalves)


Um comentário:

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel disse...

Estiloso modo de escrever e rimar, rei da poesia, abraço mais este teu soneto, vou levá-lo à minha páigna poética...