Concede-me outra vez aquele olhar sem fim
Em
que perdido fico ainda em louco ardor
Que
sabe a noite, enfim, fazer-se lenta em mim
Leitura
aberta ao ser calor por fora ator
Por
dentro espreita além, me deixa como vim
Ao
mundo respirar, quão nua vens no amor
Que ao
toque num desdém, te arde a pele assim
Praiano
galopar em tez de um sol reitor
Desejo
aplaude em pé e inunda a excitação
Regressa
do ideal, havido simplesmente
Do
primoroso dia aberto a essa intenção
Um
só a dois que a urgência anima e faz fremente
Necessidade
audaz vinda em transpiração
Que
à gestual frequência insurge entorpecente
(Miguel
Eduardo Gonçalves)
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