Prazer por Prazer-
Nas paixões a razão se destempera
E a constância apalpada do momento
Por gemidos que ferve a ilustre fera
Rasga o véu que segura meu intento
Sassarica a insistência que acelera
Delicada a virilha e o assanhamento
Que se empinam em férvida atmosfera
A se impor no furor em que me invento
Tu, fortuna lasciva, és fértil saga
Rubra veste deitada em belo vício
Do apogeu que a tilinta e não se apaga
E à porta de um desejo vitalício
Exercita-se a amante que me flagra
Respaldado em sorriso tão factício
(Miguel Eduardo Gonçalves)
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