No
carinho das noites estreladas
Mítico
para ser todo delírio
Na
seara de vozes encantadas
Timbra
singelo tom como colírio
A
noite está de mãos deliciadas
Tão
cúmplice de nós, em prata lírio
A
perpetrar nas áreas mais sagradas
Onde
o prazer invade quente e frio
Cálice
borbulhante de cristais
A
retinir os ais inquietamente
Por
suspiros letárgicos, -demais-
No
frenesi dos corpos mais demente
Radiante
gosto, campos siderais
Numa
boca enroscada em cada ventre
Miguel
Eduardo Gonçalves
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