terça-feira, 31 de janeiro de 2012

LXVI - FRENESI...

No carinho das noites estreladas
Mítico para ser todo delírio
Na seara de vozes encantadas
Timbra singelo tom como colírio

A noite está de mãos deliciadas
Tão cúmplice de nós, em prata lírio
A perpetrar nas áreas mais sagradas
Onde o prazer invade quente e frio

Cálice borbulhante de cristais
A retinir os ais inquietamente
Por suspiros letárgicos, -demais-

No frenesi dos corpos mais demente
Radiante gosto, campos siderais
Numa boca enroscada em cada ventre

Miguel Eduardo Gonçalves

Um comentário:

Karinna* disse...

*Sonetista exímio! Sentimento pulsante entretecido na métrica majestosa de um soneto...
Belo por demais!
BjM-
K*