segunda-feira, 9 de abril de 2012

LXVII - Profundo amanhecer...

Profundo amanhecer de altivo aspecto
Daquela onipotente fresta nasce
E tudo se alvoroça e faz-se inquieto
É o fogo fortemente como esparze

Nos cobre impetuoso e circunspecto
O sol pela janela sem impasse
Explode no colchão já não secreto
De um mundo de paixões descobre o enlace

Põe luz nos movimentos que almas têm
Prodígio que faz doce a humanidade
Lambendo-lhe as carnes sem desdém

Submete cada mente e a intimidade
E à sombra de seu manto nos mantém
Com força renovada de verdade

(Miguel Eduardo Gonçalves)

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