No carinho das noites estreladas
Mítico para ser todo delírio
Na seara de vozes encantadas
Timbra singelo tom como colírio
A noite está de mãos deliciadas
Tão cúmplice de nós, em prata lírio
A perpetrar nas áreas mais sagradas
Onde o prazer invade quente e frio
Cálice borbulhante de cristais
A retinir os ais inquietamente
Por suspiros letárgicos, -demais-
No frenesi dos corpos mais demente
Radiante gosto, campos siderais
Numa boca enroscada em cada ventre
Miguel Eduardo Gonçalves
Um comentário:
*Sonetista exímio! Sentimento pulsante entretecido na métrica majestosa de um soneto...
Belo por demais!
BjM-
K*
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