sábado, 23 de julho de 2011

LVI- Este soneto pensa...

Este soneto pensa, e ainda agora
O caos humano segue, muito embora
Se diga a voz do eterno tão clemente
E a escolha a nós pertença, de repente

Assim a vida é crença que não cora
Transforma em dogma o ser de cada hora
E o homem num qualquer subserviente
De tão apaixonado e assaz carente

A mendigar o céu, por recompensa
Que lhe faculte a vida eterna em paz
Precisa crer na Fala, qual sentença

Inabalável fé, que aliás
Não é delírio havido de nascença
Mas sim resposta fácil que lhe apraz

Miguel Eduardo Gonçalves-

Um comentário:

V.Cruz disse...

Estimado Poeta,
Teus versos não só "pensam", mas também "dedilham-me" com suas invisíveis pontas de dedos...
Obrigada por estar presente...por ter-me dado a honra de valsar contigo...estarei, talvez, "calada"...mas não ausente. Mudei...e as vezes as mudanças nos deixam "mudos". Ler-te é um prazer que não me furtarei.
Bjsss