Este soneto pensa, e ainda agora
O caos humano segue, muito embora
Se diga a voz do eterno tão clemente
E a escolha a nós pertença, de repente
Assim a vida é crença que não cora
Transforma em dogma o ser de cada hora
E o homem num qualquer subserviente
De tão apaixonado e assaz carente
A mendigar o céu, por recompensa
Que lhe faculte a vida eterna em paz
Precisa crer na Fala, qual sentença
Inabalável fé, que aliás
Não é delírio havido de nascença
Mas sim resposta fácil que lhe apraz
Miguel Eduardo Gonçalves-
Um comentário:
Estimado Poeta,
Teus versos não só "pensam", mas também "dedilham-me" com suas invisíveis pontas de dedos...
Obrigada por estar presente...por ter-me dado a honra de valsar contigo...estarei, talvez, "calada"...mas não ausente. Mudei...e as vezes as mudanças nos deixam "mudos". Ler-te é um prazer que não me furtarei.
Bjsss
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