Em seu anseio um tal prazer em flor
Foi oração de que esperou torpor
Feito apetite a dar prazer à ceia
Que balançou, lhe dilatou a veia
Porque o desejo em si foi destemor
No inevitável de querer se expor
Sutil mulher, amante de mão cheia
Fatal maneira que de lá verdeia
Em belas sedas que a vontade afaga
Porquanto o tendo inteiramente seu
Dá ocasião exata a essa paga
E frente à prenda no seu apogeu
Acende tanto, que jamais se apaga
Fazendo história numa fértil saga
Miguel Eduardo Gonçalves-
Nenhum comentário:
Postar um comentário