sexta-feira, 15 de julho de 2011

LIV - A SAGA


Em seu anseio um tal prazer em flor
Foi oração de que esperou torpor
Feito apetite a dar prazer à ceia
Que balançou, lhe dilatou a veia

Porque o desejo em si foi destemor
No inevitável de querer se expor
Sutil mulher, amante de mão cheia
Fatal maneira que de lá verdeia

Em belas sedas que a vontade afaga
Porquanto o tendo inteiramente seu
Dá ocasião exata a essa paga

E frente à prenda no seu apogeu
Acende tanto, que jamais se apaga
Fazendo história numa fértil saga

Miguel Eduardo Gonçalves-

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