segunda-feira, 29 de novembro de 2010
IV - AFRODISÍACO
AFRODISÍACO
Inquieto qual champagne sorrateiro
Teu cheiro que me traz em cativeiro
Como das profundezas de uma trama
Espuma da loucura se derrama
Na procura febril de certo arteiro
Lábio, deleite do mais beijoqueiro
É própria chuvarada fria que brama
Chama viril que vem, submete e inflama
E qual serena e frágil cada entranha
Um seio de repente pula e escapa
Paixão primeira em pompa que solapa
Pois tão furiosamente o toque assanha
Que a cada instante nasce nova etapa
Buscando novamente o que há no mapa
Miguel Eduardo Gonçalves
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Um comentário:
"...champagne sorrateiro
Teu cheiro que me traz em cativeiro..."
"Afrodisíaco" tema "...que solapa..." no mergulho
dum inquietante poemar,divinamente entrelaçado aos intrépidos acordes de Jardin d'hiver.
Beijos, poeta dos versos de ouro.
Marilândia
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