segunda-feira, 29 de novembro de 2010
VI - INTROSPECTIVO
INTROSPECTIVO
Fico na sensação de uma vertigem
Errante pela noite afora, ao vento
O coração rasgado em sua origem
Transforma em agonia o sentimento
E a solidão abarca inteira a noite
Na janela enquadrada que aparece
Qual vazio da lembrança como açoite
Na forma que flagela e permanece
E é tão cortante a dor ali pensada
Que a lágrima se põe aqui sentada
Neste colo marcado a ferro quente
Demoníada dor em mim tatuada
Fora um clamor macabro e onipotente
Que traz ainda um tempo que a consente
Miguel Eduardo Gonçalves
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Um comentário:
"...Demoníada dor em mim tatuada
Fora um clamor macabro e onipotente..."
Versos que tornam a introspecção sabendo a cândidas blasfêmias...
MAGISTRAL POEMAR!!!
Beijos.
Marilândia
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