segunda-feira, 29 de novembro de 2010
I - DE UM PASSEIO VÁRIO
De um passeio vário
Se qual perfume em cujo olor, surpresa
Anseio estar um tanto quanto louco
Vem a energia em destrambelho acesa
Regar-me inteiro que indizível é pouco
Aspiração, ar penetrante à mesa
São os caprichos em que não me poupo
Acaso enlevo como tal nudeza
Me pense a entrega, e então o fogo douto
Numa panela que as misture enquanto
As carnes tenras à pele em furor
O aroma em ímpeto apaixone tanto
Goze senhor de resolver calor
Próprio verão a encerrar-se manto
Como se diz a tal palavra amor
Miguel Eduardo Gonçalves (2002)
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Um comentário:
"De um passeio vário" perfuma-nos e enleva-nos sob o incandescer do "fogo douto".
MAIS UMA RARA PÉROLA POÉTICA!!!
Beijos.
Marilândia
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