CONFIDÊNCIA
Parando para ouvir-te, vício que alteia
E deixa pelo ar a voz em abandono
Ante a vergonha própria o mau humor verdeia
Fazendo o desvario calar qual céu de outono
Que me sobreviesse em novo amor agora
Tocando qual brilhante e raro como festa
Como se flecha fora a joia mais sonora
Batuta a permear acordes na floresta
Eis o lugar em que o vagar é sensação
E lá o vento existe e a chuva é tesouro
Flagelo inexprimível é tê-lo, coração
Quer pelo amor passeie ou falte de fazê-lo
Sem ter coragem de deixar recados, sombra
Mesmo que fosse vã, lembrança nua em pelo
(Miguel Eduardo Gonçalves)
Parando para ouvir-te, vício que alteia
E deixa pelo ar a voz em abandono
Ante a vergonha própria o mau humor verdeia
Fazendo o desvario calar qual céu de outono
Que me sobreviesse em novo amor agora
Tocando qual brilhante e raro como festa
Como se flecha fora a joia mais sonora
Batuta a permear acordes na floresta
Eis o lugar em que o vagar é sensação
E lá o vento existe e a chuva é tesouro
Flagelo inexprimível é tê-lo, coração
Quer pelo amor passeie ou falte de fazê-lo
Sem ter coragem de deixar recados, sombra
Mesmo que fosse vã, lembrança nua em pelo
(Miguel Eduardo Gonçalves)