sábado, 14 de maio de 2011

XLVII - TULIPA


















TULIPA

Tão majestosa e fina em cada esquina
Desejo em que meus olhos não vacilam
Errantes pelo corpo que alucina
Carícias tão febris que as chamas gritam

Que a pele cresta e espera suavemente
Da hora em que essas coxas são os astros
Qual velas sob luz impaciente
O vento necessário pelos mastros

Na íntegra uma vida e humanas seivas
Ao laço da gentil fusão ferrenha
Que pétalas se abram satisfeitas

E desse lábio-mel, princesa, fale
Tão forte, até que em cheiro chegue e tenha
A sílaba que espero que me cale

(Miguel Eduardo Gonçalves)

3 comentários:

Karinna* disse...

Tulipa*

são róseos sons
liliáceas em botão
curva de cetim rendida
entre teus galhos
dança a aragem
arrepia...
trama e urdidura
prenúncio de gozo
em ais meticulosos.
enredo desejoso
entrecho sevicia
perpassa gozoso.
passion
contexto sonoro
contextura curva
corpo em devoção.
abstratas,
deslizantes partituras
indisfarçáveis...
seduction
na tulipa
todas tessituras...

Karinna*

BjM-
K*

V.Cruz disse...

Acolhe gotas do orvalho que resguarda o crisálido desejo...
Mas é na suave textura das pétalas... que encerra o amanhecer...
Aplausos!
Bjssss

Karinna* disse...

*Vim reler-te e beber da tua fonte.
Aproveitando que está funcionando os comentarios!
Beijoka*