terça-feira, 31 de maio de 2011

XLVIII - POEIRA MARAVILHOSA


















Pelo aroma me persigo
Vem do plácido distante
Regressado em que me abrigo
Mesmo sendo o ‘meu’ mutante

O quase, em submisso instante
Abre espaço ao ‘ser’ antigo
Suspenso onde me garante
Condição de ser ‘comigo’

Para quem de si espera
O ausente enleio e disperso
O que dentro em nós se gera

Porque somos no universo
Grãos de vida na biosfera
Donde és olor imerso

Miguel Eduardo Gonçalves
31/5/11

2 comentários:

Karinna* disse...

*Enleei a alma e o olhar no universo do teu soneto espetacular!
Belíssimo!
BjM-
K*

V.Cruz disse...

Quando o cosmos corrobora espalhando SEUS átomos de NÓS pelo infinito...perfume...
E com um sopro de partículas minhas de carinho para ti...beijosss