domingo, 22 de julho de 2012

LXXXI - SIDERAL


SIDERAL

Espero por um verso e nada vem
Perdidas num pensar que é racional
Palavras nos sentidos que lhes dão...

E o corpo está distante e a mente aquém
Arrancados de si no essencial
Que é de cada um sua ilusão...

Agora o frágil sangue de uma flor
Ouvindo a solidão que é tão real
Regressa em leve tom sensorial
Listando um sentimento em cada cor...

E faz-se a inspiração artesanal
Vontade de um momento inquietador
Fomenta este soneto de esplendor
Tentando a poesia sideral!     

Miguel Eduardo Gonçalves

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