segunda-feira, 25 de abril de 2011
Faze teu coração meu cativeiro - XLV
Faze teu coração meu cativeiro
Quero contigo estar sabor inteiro
Me conduzir à casa do banquete
Para eu não perecer de fome ao ver-te
Meus poros se dilatam em centelhas
De fogo são teus beijos mil abelhas
Que polinizam flores nos jardins
Como és das volúpias torvelins
Hei de exalar incenso e mirra quente
E todos os sabores corporais
Percorrerão a alcova como sais
Amazona, minh'alma é conivente
Pois me acretido estrela em mar cadente
Que teu desejo faça-me imortal
Miguel-
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Um comentário:
*Esse é um dos mais belos que já li.
Imenso de sentidos e sentimentos...o primeiro verso então...um primor.
Assim como vislumbrar estrelas amorosas num céu passional é ler um soneto teu.
Belíssimo!
Beijo-te com extremada admiração
Ka*
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