quarta-feira, 27 de abril de 2011
Que me deflore o êxtase de tanta entrega - XLVI
Que me deflore o êxtase de tanta entrega
Sou dança fabulosa em gestos acrobáticos
Manobra um cavalheiro enfim que esplende e cega
Teus olhos infiltrando, deixando-os estáticos
Entreabre-te rosa linda e insinuante
Por obra de uma noite e graça que sacia
Queda ao meu membro pasmo que não cessa arfante
Querendo te ordenar os planos dessa orgia
E soam loucos feito sinos magistrais
Teu corpo que meu sangue pede em euforia
E ele cravado em ti como pedi jamais
Naquele cheiro acre que jamais esfria
Entre os espaços onde tu me pegas mais
Na lida que mistura em mim a noite ao dia
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Faze teu coração meu cativeiro - XLV
Faze teu coração meu cativeiro
Quero contigo estar sabor inteiro
Me conduzir à casa do banquete
Para eu não perecer de fome ao ver-te
Meus poros se dilatam em centelhas
De fogo são teus beijos mil abelhas
Que polinizam flores nos jardins
Como és das volúpias torvelins
Hei de exalar incenso e mirra quente
E todos os sabores corporais
Percorrerão a alcova como sais
Amazona, minh'alma é conivente
Pois me acretido estrela em mar cadente
Que teu desejo faça-me imortal
Miguel-
terça-feira, 19 de abril de 2011
XLIV - DEBUTANTE
DEBUTANTE
Em que sutis e trêmulos momentos
Vem exótica e nua, e adolescente
Dourando a minha carne em seus alentos
Querendo o luxo inflado de contente
Caminhos por que pecam sentimentos
Em fato inexprimível e competente
Domínio de seus atos e acalentos
É intimidade toda incandescente
E realidade franca faz-se encanto
Que nesse estado meu vai se alheando
O tempo da casaca e a restrição
Pois num vestido leve esvoaçando
A força de vontade vai ao chão
No instante indiscutível do tesão
Miguel Eduardo-
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