sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

XCVIII - Prisão Domiciliar

Prisão Domiciliar

O medo paralisa a tentativa 
Mantendo em seu refúgio algum segredo
Esconde certa culpa ou verdade
Ninguém sabendo assim o seu defeito

A vida assim vivida em defensiva
Que o espírito encobre pelo enredo
É apenas o passado, a veleidade
Que até seus versos mentem por despeito

Maior ardor, alquímica redoma 
Certeza é o tempo que esvanece, mata
Com a mesma rapidez de cada instante

Decerto aqui o verso que me toma
Jamais pretenda ser aristocrata
Pois lhe é presente a vida angustiante

(Miguel Eduardo Gonçalves)

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