sábado, 18 de maio de 2013

XCIV - LUAL



LUAL

Através da palavra unicamente
Sente a vida, que afaga como beija
E o poema gerando essa beleza
É entreaberta janela ao que não mente!

O silêncio analisa a natureza
Da ilusão segredada que a desvende
E inspirado é em fazer-se confidente
Dispersando-se em letras como seja:

Dourado indisfarçável de um momento
Profundo em luz do céu mais imortal
Envolvendo a ternura do acalento...

Quando sinto esse enredo sem igual
Qual teatro que espreita o seu elenco
Lá no fundo me sinto num lual!

Miguel Eduardo Gonçalves




Nenhum comentário: