domingo, 17 de março de 2013

XCI - ENCENAÇÃO



Encenação
Através da palavra unicamente
O que vejo no tempo, de bandeja
A gerar no poema essa beleza
É entreaberta janela ao que se expende...
O silêncio analisa a natureza
Toca breve o segredo que a desvende
Cordial no fazer-se confidente
E disperso nas letras como seja
Solidão sem disfarce nem remendo
Que entrará pelo espelho da memória
Envolvente ternura do acalento.
Quando sinto esse enredo que me olha
Qual teatro a espreitar o seu elenco
Lá no fundo, ambienta a minha hora!
Miguel Eduardo Gonçalves

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